Quem que já não ouviu, a celebre expressão: “ Nem tanto ao céu , nem tanto à terra” , dita sempre que alguém clama por um meio termo ou ponto de equilibrio.
Pois a procura deste tal ponto de equilibrio tenho passado meus últimos anos.
Lembro me que quando a filhota récem nascida, com dificuldade e preguiça total de mamar, nos levou a uma consulta desesperada ao pediatra.
Nós , pais de primeiríssima viagem, imaginamos que aquele médico nos daria as instruções de como fazer milagrosamente o bebe mamar.
Engano nosso, por muitos minutos ele dedicou as atenções para a mamãe. Disse que era o momento de a mamãe achar conforto naquela situação, dormir bem, descansar se alimentar e então voltar as atenções para o bebê.
Ele nos mostrou por alguns instantes que a família eramos os tres e não somente a récem nascida, que sim, precisava de atenção,mas que os três deveriam estar bem, para tudo dar certo.
A partir daquele dia começamos a notar isso , procurando achar o equilibrio para o dia a dia.
Sempre que um dos três está sofrendo algum tipo de stress ou situação dificil, a familia também sente. Então lá vamos nós tentar nos posicionarmos na corda de um jeito que o ponto de equilibrio se restabeleça.
Nestas últimas semanas, o maridão está trabalhando fora de Porto Alegre durante a semana, ele esta triste de estar longe e nós com certeza também, e então depois de sinais de stress da filha pela ausência do papai, entra em ação a procura pelo ponto de equilibrio.
Como fazer isso? dificiel descobrir, mas a melhor maneira é a tentativa, o que vai dando certo a gente continua e assim por diante.
Percebi que era a hora de desligar a máquina de costura em casa por alguns dias e dar atenção a filhota. Mas antes de desligar fizemos um projeto de costura juntas .
Isabela escolheu os tecidos e enfeites , e depois de seus palpites , fui para a máquina fazer seu vestido de caipira.
Aprovado pela mocinha, a máquina voltou para debaixo de sua capa e ficará por lá por enquanto.
Muitas vezes precisamos perceber que nem sempre o lugar que está confortável para mim, também está para o outro.
Não é por que gosto muito de fazer uma coisa, um tenha que fazer sempre, pensando só no meu prazer. Abrir mão por amor , e quando isso é feito de coração, tem valor imensurável.
Depois daquele dia no consultório do pediatra, nunca mais fomos os mesmos.
Perceber que somos três pessoas e que nenhuma é mais importante que a outra nesta casa, fez e faz a diferença.
Família para mim é isso.
Quando um é o centro, com certeza algo está errado.
Agradeço a Deus pela família que tenho e de como Ele nos dá a chance de nos posicionarmos na corda para que ninguém caia.
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